Ele vos batizará com o Espírito Santo e fogo
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Phineas Bresee foi chamado de pastor do povo por um de seus biógrafos. De fato, este epíteto não está errado. Ele realmente era alguém que lidava diretamente com seu rebanho da fé. Mas não é apenas por isso. Ele também era um pastor bastante engajado, que lidava com as dificuldades da sociedade estadunidense da transição do século XIX para XX. O mundo era sua paróquia, fazendo jus à sua identidade cristã e de tradição wesleyana. Com uma visão de mundo guiada por princípios cristãos das Escrituras, Bresee enfatizou com grande frequência a doutrina bíblica do batismo com o Espírito Santo. Ele não foi apenas um pastor do povo, mas um pastor que queria ver esse povo batizado com o Espírito Santo, experimentando a plenitude da bênção de Deus. Ler sobre a vida de Bresee e sobre o que ele pregou encheu-me de coragem, pois vi que desde sua tenra idade, Bresee já estava contribuindo com o reino de Deus e encarando os vários desafios de seu tempo. Como um jovem pregador, pastor e teólogo que sou, também preciso lidar com alguns desafios que ele lidou. Mas sua vida e seus sermões me trouxeram alguma inspiração.
O batismo com o Espírito Santo é um termo sinônimo de perfeição cristã, inteira santificação, plenitude da bênção, segunda bênção e de outros termos comumente usados na tradição wesleyana. Por isso, ao lermos as ocorrências dessa expressão, precisamos nos atentar para o fato de que Bresee enfatiza a crise (a experiência que marcou a vida de alguém, que no caso do Movimento de Santidade diz respeito a duas: a conversão e a inteira santificação), sem deixar de lado o processo (isto é, o caminho de efeitos causados pela crise). Alguém batizado com o Espírito Santo tem o coração purificado e é empoderado para o serviço, tornando-se instrumento e agente do e no reino de Deus. Alguém batizado com o Espírito é purificado para ser semelhante a Cristo, pois tem a imagem de Deus restaurada. Mas essa restauração da imagem culminará na graça glorificadora. Com essas informações básicas, estejamos atentos na leitura dos sermões, os quais trazem informações lúcidas e belas de alguém que estava preocupado em ensinar o povo de Deus sobre a salvação e sobre as responsabilidades dela.
Em termos técnicos, Bresee não se alinharia com nenhum dos tipos de sermão que falamos atualmente, i.e., temático, textual ou expositivo. Mesmo assim, o último modelo é o que mais se aproxima, pois ele não fica divagando do sentido do texto e faz boas explicações e aplicações. No entanto, seus sermões não são diferentes dos vários bons pregadores de sua época. Basta fazermos comparações com os sermonários de Charles Spurgeon ou do próprio John Wesley, por exemplo. Seus sermões têm sempre aquela pitada da realidade, de modo que ele sempre lida com problemas dos seus dias (e.g. os desafios do abolicionismo, movimento de temperança, inserção feminina, guerras, modernismo etc.). Bresee foi um pastor que carregava a Bíblia numa mão e o jornal no outro. É perceptível como ele estava sempre antenado e atualizado.